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A Importância do apoio social em momentos de crise.

Atualizado: 22 de nov.

Como a presença e o suporte de uma rede de apoio podem ser determinantes durante as crises.  Ao falarmos de crises emocionais, é de extrema importância abordarmos também a relação da rede de apoio e sua importância. Porém, antes disso gostaria de abordar com você leitor sobre a psicoterapia, que, antes de tudo, é o fator inicial que uma pessoa em crise deve buscar apoio, pois são feitas por profissionais especializados que podem ajudar o indivíduo a sair deste momento difícil em sua vida. A psicoterapia é uma prática profissional realizada por psicólogos que tem por objetivo o acolhimento e compreensão das queixas e demandas dos pacientes assistidos, realizando intervenções necessárias para a melhora na qualidade de vida. É um processo pautado em técnicas cientificamente comprovadas e na ética profissional. Além disso, temos como finalidade promover a saúde mental independente se há ou não algum tipo diagnóstico de transtorno mental. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde mental se caracteriza por um estado de bem-estar no qual o indivíduo consegue utilizar seus potenciais, lidar com as dificuldades do dia-dia e desenvolver suas potencialidades. Para que o processo terapêutico seja eficaz, além do suporte do psicólogo durante a psicoterapia, uma rede de apoio ao paciente para enfrentamento das dificuldades se faz necessário para que haja a extensão do trabalho terapêutico além do consultório. De acordo com Lozano e Cadavid (2009), o papel deste suporte é oferecer apoio social no momento que os sujeitos estão precisando deste acompanhamento. A presença de familiares e amigos é indispensável para o enfrentamento dos sofrimentos psíquicos, seja este causado por um transtorno mental ou não. Todos estamos inseridos em um núcleo social e nosso sofrimento está diretamente ligado às dificuldades existentes nesse meio. De acordo com Castro (2005), situações conflituosas familiares geram sentimentos de inadequação, confusão e baixa autoestima, contribuindo para uma conduta suicida e intensificando as crises. Quando o sujeito não se sente seguro no ambiente em que se encontra, é gerada uma barreira que impede que o paciente enfrente as situações rotineiras, além de impedir a busca por relações necessárias para o seu desenvolvimento e contribuir para que ele continue adoecendo dentro deste sistema. Conforme Botega (2015), o significado de um acontecimento, de uma situação inesperada, deve ser encontrado e incluído na história do indivíduo, dando a ele uma nova perspectiva de vida. Desta forma, a estabilidade nas relações interpessoais dos pacientes é um fator de proteção quando falamos sobre o confronto. Sentir-se sem apoio e sozinho é um fator de risco para que o indivíduo não enxergue os benefícios do processo terapêutico, agravando ainda mais a sobrecarga causada por tais sofrimentos emocionais. O processo terapêutico pode ser visto com um trabalho em equipe entre psicólogo, sujeito e rede de apoio. O papel do profissional vai muito além de cuidar apenas do paciente, ele se torna uma rede de apoio aos próprios familiares e amigos para que haja uma manutenção constante das intervenções e manejo das crises. É importante salientar que a existência de apoios vindos dos serviços de redes de saúde, privadas e, principalmente públicas, é de extrema importância quando falamos sobre estratégias de prevenção a crises e suicídio. O acompanhamento familiar e social é de extrema necessidade para que haja a superação de tais acontecimentos, pois os cuidadores também tendem a adoecer quando seus objetivos de vida ficam fortemente ligados ao outro (TREICHEL; JARDIM; TOMASI; KANTORSKI; OLIVEIRA; COIMBRA, 2020). A relação do paciente com sua rede de apoio pode ser fonte de saúde ou de adoecimento. É necessário que haja a reciprocidade desta relação e que esta função progrida, para haja equilíbrio entre os papéis e um cuidado voltado não só ao outro, mas a si próprio. Por fim, afirmo a necessidade da rede de apoio e do paciente de entenderem seus próprios limites, procurando auxílio necessário para controle de crises caso estas estejam fora de seu controle, buscando pelo psicólogo responsável, redes hospitalares ou o CVV (Centro de Valorização a Vida). Sua vida é importante, dos seus também. Cuide-se! Clique aqui para atendimentos com a Dra. Natalia

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